Category: janta
Janta #6 – comida queer, política queer
Nesta edição do Janta será o encerramento do projeto CABINE, idealizado pelos artistas Bruno Mendonça e Natalia Coutinho, que aconteceu durante o mês de julho no espaço .Aurora.
Esta edição do Janta encerrou o projeto CABINE, idealizado pelos artistas Bruno Mendonça e Natalia Coutinho, que aconteceu durante o mês de julho no espaço • Aurora. A ideia foi discutirmos e trocarmos experiências baseadas no processo da curadoria do projeto dos artistas. A dupla preparou uma performance audiovisual na qual trabalharam a linguagem do spoken word durante a Janta.
O projeto CABINE surgiu de um intenso processo de interlocução nos últimos anos entre os artistas e, para eles, consiste em uma publicação espacializada através de materiais audiovisuais e impressos: uma espécie de zona discursiva e dialógica onde expandem esse processo e exibem parte do cruzamento de suas pesquisas. A partir de processos de montagem e manipulação de materiais audiovisuais que fazem parte de suas pesquisas, os artistas criam um outro produto audiovisual a partir da apropriação de filmes e vídeos, inteiros ou não – no caso se utilizando de excertos, fragmentos e stills – criando uma espécie de hipertexto ou metanarrativa que vai se construindo a partir de ligações ora diretas, ora indiretas e muitas vezes subjetivas. É uma espécie de outra-escrita que surge a partir destas ligações.
A temática queer é central neste trabalho, abordada em sua abrangência. Mais especificamente para esta edição do Cineclube.Aurora realizada com apoio do PROAC 2016, e em parceria com o programa Cidade Queer, adicionou-se à discussão a questão queer e sua relação com a cidade.
Os jantares, gratuitos, contarão com convidadxs. Nosso orçamento é de um jantar para 30 pessoas, então, pedimos para que xs participantes tragam outros pratos para dividir e complementar. O mesmo para as bebidas: traga a sua e mais algumas para compartilhar. Assim, se garante que todo mundo possa comer e beber.
Serviço:
O quê: Janta #6 – comida queer, cidade queer
Tema: “Projeto CABINE no Cineclube .Aurora – performance de encerramento”
Local: Casarão do Belvedere (Rua Pedroso, 267 – Bela Vista)
Quando: 21 de julho, quinta-feira
Horário: 19h.
Quanto: Grátis
Janta #5 TRANSarau + Queerdrilha
A Janta deste mês celebra a cultura tradicional brasileira, questionando as concepções de gênero tão enraizadas em nossas celebrações. O binarismo de gênero é facilmente identificável nas vestimentas (camisa e calça jeans para os homens, e vestidos e trancinhas para as mulheres) e até nas danças propostas (o casamento entre um casal heterossexual, comandado por um padre da religião católica). A Janta “TRANSarau Julino + Queerdrilha” quer mostrar que existem outros modos de vida e outras celebrações possíveis dentro de nossos ícones tradicionais.
O TRANSarau, que já está em sua 3º edição, é um evento organizado pelo Cursinho Popular Transformação para a divulgação do Cursinho e do trabalho des alunes, que acabou se consolidando como um espaço de representatividade da população LGBTQI+. É um espaço de livre manifestação para a realização de performances poéticas (ou não), dança, bateção de cabelo, microfone aberto e o que mais vier. Tudo pode (e deve) acontecer com muito lacre. Sem julgamento ou carão. Traga sua voz, seu brilho, seu talento ♥
A Queerdrilha é um ação proposta por Aretha Sadick em que as vestimentas e a dança são reestruturadas para dar vazão às diversas formas de manifestação de identidade. Aretha traz um elenco em que cada papel da nossa tradicional festa junina é questionado desde sua representação simbólica (o padre, a noiva, o noivo, o delegado, e por aí vai) até sua real função nas nossas celebrações (qual a função do delegado em manter a ordem? Que ordem se espera? Por que a ligação religiosa moral?).
A Janta é um projeto da plataforma Cidade Queer, uma parceria entre a residência Lanchonete.org e a fundação canadense Musagetes. Ela acontece mensalmente no Casarão do Belvedere, tendo como anfitrião o ator Paulo Goya. A entrada é gratuita.
Programação
16h às 20h: TRANSarau c/ microfone aberto, varal de poesias, perfomances e atrações lacradoras que vão deixar você no chão
20h30: Queerdrilha
Com comidas típicas de festa junina e bebidas a preços populares. As vendas foram revertidas para a manutenção das atividades do Cursinho.
Serviço
Local: Casarão do Belvedere (Rua Pedroso, 267 – Bela Vista)
Quando: 2 de julho, sábado
Horário: 14h. — Grátis
Organização: Lanchonete e Cursinho Popular Transformação
Projeto CABINE – cineclube Aurora
O espaço .Aurora e o programa Cidade Queer têm o prazer de receber o projeto CABINE dos artistas Bruno Mendonça e Natalia Coutinho. Dias 30 de Junho, 7 e 14 de Julho, 20-23 hrs no Aurora e 21 de Julho, 19-23 hrs durante o Janta no Casarão do Belvedere.
Cineclube .Aurora + Cidade Queer
O espaço .Aurora e o programa Cidade Queer, desenvolvido por Lanchonete.org com o apoio de Musagetes, tem o prazer de receber o projeto CABINE dos artistas Bruno Mendonça e Natalia Coutinho.
O projeto CABINE surgiu de um intenso processo de interlocução nos últimos anos entre os artistas e para eles consiste em uma publicação espacializada através de materiais audiovisuais e impressos: uma espécie de zona discursiva e dialógica onde os artistas expandem esse processo e exibem parte do cruzamento de suas pesquisas.
A partir de processos de montagem e manipulação de materiais audiovisuais que fazem parte de suas pesquisas, os artistas criam um outro produto audiovisual a partir da apropriação de filmes e vídeos, inteiros ou não – no caso se utilizando de excertos, fragmentos e stills – criando uma espécie de hipertexto ou metanarrativa que vai se construindo a partir de ligações ora diretas, ora indiretas e muitas vezes subjetivas. É uma espécie de outra-escrita que surge a partir destas ligações. A temática queer é central neste trabalho, abordada em sua abrangência. Mais especificamente para esta edição do Cineclube adiciona-se à discussão entorno do termo queer sua relação com a cidade. Serão apresentadas ao público durante o mês de julho três vídeo-instalações juntamente com mobiliários contendo os materiais impressos, e uma performance final. Nos dias 30 de Junho, 7 e 14 de Julho o projeto acontece no .Aurora, e a performance final se dará dia 21 de Julho, como parte do encontro mensal do Cidade Queer, nomeado Janta, no Casarão do Belvedere.
SERVIÇO:
Cineclube Cabine + Cidade Queer
30 de Junho, 7 e 14 de Julho, 20-23 hrs
Local: .Aurora
Rua Aurora, 858, República, São Paulo
Cineclube .Aurora no Janta
21 de Julho, 19-23 hrs
Local: Casarão do Belvedere
Rua Pedroso 267/283 e Martiniano de Carvalho 439, São Paulo
Janta #4 – O queer na tecnologia
Nesta edição de “Janta – Comida Queer, Política Queer” o tema a ser tratado é o na tecnologia. Discussões e trocas de experiência sobre a temática aconteceram informalmente ao redor da mesa.
O encontro “Janta – Comida queer, Política queer” desta edição tratou do tema queer na tecnologia. O jantar mais uma vez aconteceu no Casarão do Belvedere, na Bela Vista, tendo como anfitrião o ator Paulo Goya. Discussões e trocas de experiência sobre a temática se deram de forma tranquila ao redor da mesa.
Nos anos recentes, se viu um crescimento da discussão de gênero dentro do mundo da tecnologia, tendo as mulheres conseguido grande protagonismo ao organizar eventos como a RodAda Hacker, PrograMaria, entre outros. No ano passado, o grupo Laboria Cuboniks lançou o manifesto Xenofeminsmo em que argumenta por um outro princípio de feminismo, que envolve a tecnologia em sua estrutura óssea. Como diz o manifesto, “XF constrói um feminismo adaptado [à ubiquidade tecnológica]: um feminismo com habilidades, escalas e visões sem precedentes; um futuro em que a realização da justiça de gênero e emancipação feminista contribuem para uma política universalista construída das necessidades de cada humano, trespassando gênero, habilidade, capacidade econômica, e posição geográfica. Sem mais a repetição sem futuro na esteira do capital, sem mais a submissão à escravidão do trabalho – produtivo e reprodutivo –, sem mais a reificação do que é dado mascarado de crítica. Nosso futuro requer despetrificação. XF não é uma tentativa para revolução, mas uma aposta no longo jogo da história, demandando imaginação, destreza e persistência.”
O manifesto por si só demonstra uma perspectiva diferente sobre o que é a tecnologia dentro de nossa sociedade. Ela deixa de ser apenas um objeto, um serviço, ou um apêndice de nossa vida diária para se tornar a arma e o cerne das discussões feministas e de gênero. E como fica a perspectiva queer neste processo? O pesquisador Jacob Gaboury escreveu uma série de artigos para o portal Rhizome sobre a história queer da computação. Para ele, por causa de nosso processo heteronormativo hegemônico, a história da computação e, consequentemente, da tecnologia foi reduzida a apenas figuras masculinas, heterossexuais e, em sua grande maioria, branca. Gaboury, então, por meio da biografia de diversos personagens importantes para a evolução tecnológica, prova que a perspectiva queer está enraizada na própria tecnologia, sendo ela criada e refletida pela Diferença de seus agentes.
A realidade hoje, porém, mostra que ainda há muito o que se lutar dentro do cenário tecnológico para que haja, realmente, uma representatividade paritária dentro de um sistema por muitas vezes preconceituoso e misógino. Recentemente, o jogo “Baldur’s Gate: Siege of Dragonspear” se viu envolto de uma polêmica por causa de uma personagem transsexual no meio da trama da narrativa. Diversos jogadores se manifestaram contra a personagem em sites como GOG ou Steam com discursos de ódio ou preconceituosos. A manifestação fez com que os criadores do jogo alterassem as falas da personagem de forma a amenizar sua explicação sobre ser transsexual.
Pensando que no XF a arma é a tecnologia, como podemos usar os mecanismos tecnológicos – que, segundo Gaboury, é nosso por essência – para mudar essa perspectiva?
Janta #3 – O feminismo
O encontro “Janta – Comida Meliante, Política Meliante” desta edição teve como tema o feminismo. Discussões e trocas de experiência sobre a temática se deram de forma tranquila ao redor da mesa.
O encontro “Janta – Comida , Política ” desta edição teve como tema o feminismo. O jantar aconteceu no Casarão do Belvedere, na Bela Vista, e teve como anfitrião o ator Paulo Goya. Discussões e trocas de experiência sobre a temática se deram de forma tranquila ao redor da mesa.
Em diversos momentos do ciclo, surgiu o questionamento sobre onde estaria a discussão feminista em nossas atividades. Na edição #2 da Janta, usamos como referência um artigo de Hija de Perra em que ela cita o artigo de um autor publicado no livro “Por un feminismo sin mujeres”, organizado pela Coordinadora Universitaria por la Disidencia Sexual (CUDS). No texto de introdução deste livro, Jorge Díaz Fuentes diz: “Existe una apuesta política que como disidentes sexuales hacemos con el feminismo, con sus imbricadas formas, con un feminismo polisémico, amplio, un feminismo quimérico, donde encontrar nuestros espacios, siempre locales, abiertos a nuevas prácticas y manifestaciones de lo político de nuestros cuerpos, de nuestras interrupciones, que –como este circuito– nos posibilitó en rebeldía y compromiso.”
Ainda pesquisando sobre a ideia, apareceu nos resultados um artigo sobre a situação política brasileira chamado “Por um feminismo que vá além das mulheres”, escrito por Carla Rodrigues para um seminário sobre feminismo no Centro de Pesquisa e Formação do SESC. Nele, ela diz: “Para pensar sobre [qual seria o fato histórico com o qual as feministas do futuro irão identificar isso que estamos tentando fazer hoje], gostaria de retomar um dos debates propostos pela filósofa Judith Butler, que há 25 anos questionou a possibilidade de não mais fazer das mulheres o motor da política feminista. Se a partir dali parecia que ela anunciara o fim do feminismo, de fato suas provocações estavam apontando um paradoxo importante: de nada adiantava primeiro exigir das mulheres uma configuração estabilizada em uma identidade para depois pretender libertá-las. Era preciso, argumentava Butler, interrogar as próprias exigências de identidade. Tratava-se de poder pensar um feminismo que não seja feito em função de representar o “sujeito mulher”, o que exige uma identidade prévia do referente mulher a ser representado e, contraditoriamente, obriga a um fechamento no lugar onde se quer reivindicar abertura.” (tem um contexto maior, que você pode acessar aqui http://goo.gl/yd7xiM)
Tudo isso para demonstrar um nó que surgiu nas pesquisas que, muitas vezes, não conseguimos resolver sem colocar a questão mais genérica na roda. Como abordar o feminismo em nossas atividades? Que tipo de luta feminista nos propomos? Quais aspectos são importantes e que não podemos esquecer?
Não queremos uma resposta certa às perguntas, mas fazer com que ideias possam surgir enquanto nos conhecemos e nos desfrutamos como conjunto em volta a uma mesa de jantar.
E para ainda colocar em questão também quem deve comandar a cozinha (cozinhar para dentro X cozinhar para fora), convidamos a Comida de Papel, comandada pela querida cozinheira Pipa, para tocar o incrível menu:
Gaspacho de pepino e abacate
Ovos recheados
pão sírio integral
Salada de lentilha, beringela, cebola roxa e tomate seco
Salada de Beterrabas assadas com mexerica coentro e hortelã e molho de chá preto
Bolo de arroz com taioba, abóbora, semente de girassol e parmesão. com molho de iogurte
Sagú de erva cidreira com mel
Chá gelado de hibisco e casca de laranja.
Janta #2 – o ‘kuir’ na america latina
Nesta edição do encontro “Janta – Comida Queer, Política Queer” o tema a ser tratado é a intersecção da arte e a tradução do queer para terras latino-americanas, o que ficou denominado como ‘kuir’.
Depois de discutir a inserção do queer no espaço urbano, o ciclo de atividades Cidade Queer / Queer City, organizado pela residência Lanchonete.org e a fundação canadense Musagetes, realiza mais um encontro “Janta – Comida Queer, Política Queer”. Nesta edição, o tema a ser tratado é a intersecção da arte e a tradução do queer para terras latino-americanas, o que ficou denominado como ‘kuir’. O jantar mais uma vez acontece no Casarão do Belvedere, na Bela Vista, tendo como anfitrião o ator Paulo Goya. A ideia é discutirmos e trocarmos experiência sobre a temática de forma bem informal e tranquila.
MENU:
– almôndegas cozinhadas no molho acompanhadas de arroz; e
– lasanhas de beringela e abobrinha gratinadas!
Serão 20 de cada e como a gente vai discutir latino-americanidades, tudo servido em… marmitas!