Laboratório gráfico queer — encontro 1

No primeiro encontro do Laboratório problematizamos a questão da normatividade e padrões de representação predeterminados. Tomando como ponto de partida alguns exemplos, como uso de cores para diferenciar sexo e tipografias pré-estabelecidas em sinalização urbana e softwares, cada integrante foi trzendo um pouco de sua experiência. Seria possível fugir da normatividade sem impor ou estabelecer uma nova norma? Talvez o único meio a partir do qual pode representar sem se basear em pré-definições seria a própria voz. A escrita com próprio punho. A autorepresentação.

LGQA partir do conhecimento de cada um, cada background, foram sendo construídos nexos de relações sobre os temas abordados. Durante o encontro, realizamos buscas e pesquisas no computador que impulsionavam a discussão. Uma questão basal que tomou foco do encontro foi o termo queer. Qual significado essa palavra tem em nosso âmbito? Ficou muito claro que no inglês o termo tem uma etimologia e história clara, ele é carregado de sentidos vários. Ao importarmos “queer” (cuja raiz etimológica não nos remete a nenhuma relação) vinculamos apenas ao sentido da teoria queer, relacionando à temática de gênero e sexo. Quando pensamos o termo “queerness” do programa Cidade Queer é muito claro que não é apenas de gênero que estamos tratando, mas de um viés includente na cidade em oposição à normatividade. Temos então um problema de tradução e comunicação. Como comunicar esse queer com sentido maior? Seria preciso traduzir?

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Nessa primeira experiência juntos foi possível criar um arcabouço material a partir das discussões que foi sendo salvo no Pinterest: pinterest.com/jliaayerbe/laboratório-gráfico-queer/. A ideia é que no decorrer do programa essa seja uma ferramenta de uso comunitário aberto.
 

Janta #2 – o ‘kuir’ na america latina

Nesta edição do encontro “Janta – Comida Queer, Política Queer” o tema a ser tratado é a intersecção da arte e a tradução do queer para terras latino-americanas, o que ficou denominado como ‘kuir’.

Depois de discutir a inserção do queer no espaço urbano, o ciclo de atividades Cidade Queer / Queer City, organizado pela residência Lanchonete.org e a fundação canadense Musagetes, realiza mais um encontro “Janta – Comida Queer, Política Queer”. Nesta edição, o tema a ser tratado é a intersecção da arte e a tradução do queer para terras latino-americanas, o que ficou denominado como ‘kuir’. O jantar mais uma vez acontece no Casarão do Belvedere, na Bela Vista, tendo como anfitrião o ator Paulo Goya. A ideia é discutirmos e trocarmos experiência sobre a temática de forma bem informal e tranquila.

MENU:
– almôndegas cozinhadas no molho acompanhadas de arroz; e
– lasanhas de beringela e abobrinha gratinadas!

Serão 20 de cada e como a gente vai discutir latino-americanidades, tudo servido em… marmitas!